Um Nordeste
onde nunca deixa de haver
um mancha d'água:
um avanço de mar, um rio, um riacho,
o esverdeado de um lagoa.
Onde a água faz da terra mole o que quer:
inventa ilhas, desmancha istmos e cabos,
altera a seu gosto a geografia convencional
dos compêndios.
Um Nordeste da terra.
Das árvores lambuzadas de resinas.
Das águas.
Do corpo molhado dos homens que trabalham
dentro do mar e dos rios,
na baguaceira dos engenhos,
no cais do Apolo,
nos trapiches de Maceió.
Carlos Pena Filho
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