9/29/2010

História da Arquivística - concurso UFAL


HISTÓRIA DA ARQUIVÍSTICA.

Ao longo da História, os arquivos se encontraram em diferentes suportes, desde as placas de argila, do papiro, do papel, entre outros. Do grego “ARKHEION”, os arquivos existem desde que o Homem fixou por escrito as suas relações como ser social. Assim, os arquivos surgem desde que a escrita começou a estar ao serviço da sociedade, e terão nascido de forma espontânea no seio das Antigas Civilizações do Médio Oriente há cerca de seis milênios atrás.


O aparecimento da escrita condicionou o surgimento dos primeiros Arquivos, de tal forma que desde logo a humanidade tomou consciência de que era necessário conservar os registros produzidos para mais tarde poderem ser utilizados. A partir daí, abriu-se espaço para a criação da ciência Arquivística, que nasce na seqüência da Revolução Francesa com os novos serviços de Arquivos que então foram criados e no seio da História Positivista, fortemente vinculada à Diplomática. Só com a prática da teoria de que os documentos se devem organizar de acordo com a estrutura da instituição de onde provêem.


Segundo Posner, a data aceita para o nascimento da Arquivística, é o dia 24 de abril de 1841, quando Natalis de Wally introduziu as normas para a organização dos fundos reunidos nos Arquivos Nacionais Franceses, de livre acesso de consulta desde a Revolução Francesa. Mas, o grande marco na evolução da Arquivística, pode ser encontrado em 1898, com a publicação do Manual dos Arquivistas Holandeses, por Müller, Feith e Fruin.


Desde a Roma Antiga, existe um método de trabalho, a que hoje chamamos princípio de proveniência, onde os documentos produzidos por diferentes dependências se conservavam em diferentes galerias do Tabularium e do Templo de Saturno, mantendo independentes cada um destes fundos, e cada um destes documentos eram já ordenados cronologicamente, formando séries.


Com o aparecimento das Chancelarias na Idade Média, e a conseqüente produção e conservação documental, surgem os cartulários onde se copiavam os documentos recebidos por uma instituição, e os registros. Já na Idade Moderna, a Arquivística vai evoluir no sentido de procurar facilitar as técnicas que garantam a organização e conservação dos depósitos que estão nos arquivos, surgindo para o efeito vários conjuntos de normas.


Com o século XVII, há a proliferação da Literatura Arquivística, aumentando a sua produçãstica, aumentando a sua produço efeito v facilitar as testes fundos, onde em cada um destes documentos eram je outros.codlço durante o século XVIII. Paralelamente à emergência deste tipo de literatura, os arquivos passaram a ser consultados por investigadores e eruditos, tendo em visto a preparação das primeiras histórias científicas, fenômeno este, que vai influenciar a Arquivística no século seguinte.


O papel da Arquivística no século XIX vai ser o de procurar novas teorias, que facilitem o Arquivo a prestar um bom serviço à História. A mais importante destas, e que se converterá no princípio fundamental da Arquivística, vai ser sem dúvida alguma, a Teoria da Proveniência ou Princípio da Proveniência.


Surgem, um pouco por todo lado, Coleções Diplomáticas, Guias, Inventários, Catálogos e Índices. E, já nos finais do século XVIII, por toda a Europa, surgem Escolas de Formação Profissional de Ensinamentos por oralidade, o que representa já a preocupação da Arquivística no campo de formação especializada dos arquivistas.


Nos finais do século XIX, assiste-se a um grande marco da evolução Arquivística, onde se vai consolidar o Modelo quanto à Origem e Organização dos Arquivos, contribuindo para a criação de um órgão que coordene a política relativa aos Arquivos a nível internacional. Ao mesmo tempo vão-se sentir pela Europa, América e antiga U.R.S.S. grandes alterações nos campos da Organização e da Política Arquivística. Toda essa reviravolta vai efetuar-se a partir de 1898, com a edição do Manual dos Arquivistas Holandeses, que sistematizava a teoria de Natallis de Wally e fundamentaria as Bases da Arquivística Moderna.


Com o século XX, os Arquivos irão recuperar a sua dimensão administrativa, que se acentuará nos anos 30, e se consolidará mais tarde, já nos anos 50, onde a Arquivística irá desenvolver um sistema para facilitar a administração nos momentos mais difíceis, como por exemplo, a Segunda Guerra Mundial. E é nesta época, que a Arquivística tenta conciliar suas dimensões tradicionais, envolvendo a História e a Administração. Fazendo surgir ainda, no âmbito da UNESCO, em agosto do mesmo período, o Conselho Internacional de Arquivos (CIA), que vem dar resposta à necessidade de coordenação em nível internacional, da Arquivística.


Os anos 60 são envolvidos por preocupações em ordem prática, dando-se uma acentuação na vertente técnica da Arquivística. O grande marco desta época acontece em 1964, ano em que é publicado o Elsevier’s Lexicon of Archive Terminology. Na década seguinte, por sua vez, assiste-se ao aprofundamento das questões teóricas da Arquivística, que irão contribuir para o seu desenvolvimento científico. Reforçando o papel dos profissionais de Arquivo, fazendo surgir as primeiras Associações Arquivísticas.


Segundo Rousseau, Jean-Ives (1998), as Associações Arquivísticas nos anos 70, prendem-se pelo aprofundamento das questões essenciais para a formulação de um corpo teórico capaz de suportar uma fundamentação da Arquivística. Já com os anos 80 se caminha para a firmação da Arquivística como Ciência da Informação, fazendo-se emergir nos anos 90, uma nova era da ciência Arquivística, com a preocupação da importância da informatização como mecanismo de geração de novos documentos. Logo após diversas discussões a este respeito, a Arquivística firma-se como uma Ciência da Informação e se clarificam o seu objetivo e método.

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Maria Suzie de Oliveira

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Um comentário:

  1. Olá. Meu nome é Silmara
    Eu acredito sim no poder da oração e gostaria que também orassem por mim, pois vou fazer um concurso e creio que a oração de cada um é a melhor ajuda que posso ter. Muito obrigada pelo conteudo que a senhora disponibiliza aqui. Também quero parabenizá-la por abrir espaço no seu blog para a Fé e as Palavras do Senhor, que são um conforto para nosso espírito. Deus abençoe grandemente. Amém.

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